terça-feira, 21 de outubro de 2008

domingo, 19 de outubro de 2008


ÀS MOSCAS

Eu escrevo às moscas
Porque ninguém dá atenção àquilo que tenho a dizer
Mas tenho a sensação de que não passo por elas sem chamar atenção
Mesmo que não dêem o braço a torcer

Não adianta ler o que escrevo
Se não conseguem entender
Mas aprendi há algum tempo
Que não se cobra o que não podem te oferecer

Eu gostaria que me oferecessem mais educação
Gostaria que me oferecessem mais solução
Menos imprecisão
Mas, governado por moscas, vive nossa nação

Uma nação tão bela quanto a Bela Adormecida do desenho
Pois é bela por fora
Anda movida apenas pelo sopro do vento
Mas há 500 anos está adormecida por dentro

Não se move
Nada novo se discute
Parece até a rotina daquele velho relacionamento
Que com medo não anda, apenas segue se mantendo

Pois assim têm-se a sensação de solidez
Mas que aos finais de semana
Cansado da mosca que te acompanha
Entrega-se à embriaguez

Pra certas coisas que ocorrem é melhor esquecer mesmo
O amor é algo indiscutível
Ele não se compra
A preço de nenhum dinheiro

Eu sigo vivendo como uma mosca voando em vão
Trabalhando suado
Em troca de ter, nos finais de semana, alguma diversão

Talvez a solução seja um vereador eu me tornar
Prometer às moscas que vou educar
Vou me eleger certamente
Pois moscas não sabem votar

Moscas não sabem opinar
Moscas não sabem ler
Moscas não sabem organizar
São fáceis de alguma coisa as fazer se submeter

Mas de repente mudei de opinião
Acho que prefiro ser, não uma metamorfose ambulante, mas sim a mosca da sopa
Sugou tudo até encher a barriga e não pagou a conta

Viver de caridade seria demais
E muitos vivem das "bolsas da vida" que a mosca gerente de nove dedos concedeu
Não ensina como as moscas devem buscar seu mantimento
Entregando-lhes de mão beijada, sem sacrifício, e de quatro em quatro anos é novamente eleito

Por causa de moscas eleitas não temos igualdade social
Por causa de moscas corruptas não nos enquadramos em um padrão mundial
De exemplo a ser seguido
Ainda vivemos como moscas-mendigo

Ainda me pergunto, que tipo de mosca sou eu?
Que moscas são vocês, hein?
Não sei, pois moscas não pensam
E se não pensam, logo, não existem

Daniel
13/10/2008

quarta-feira, 15 de outubro de 2008










PRECISA DIZER MAIS ALGUMA COISA!?!?
-
DANIEL BEDOTTI SERRA

segunda-feira, 13 de outubro de 2008


BANDA WHISKYMÓ

Essa banda foi formada em 1999 quando bandas como Raimundos, Charlie Brown Jr, O Rappa e Planet Hemp estavam no auge. O rock nacional daquela época era diferente, encontrava-se bandas com qualidade, independente do gosto musical de cada pessoa dentro de um mesmo estilo (Rock).

Hoje não vemos mais a mesma cena nos meios de comunicação, somente fora da mídia, o que dificulta achar algo bom, pelo menos para mim que tenho preguiça de ficar procurando e ouvindo banda por banda. Até porque preciso digerir o CD ouvido, e isso leva tempo. Logo, as vezes que tentei procurar algo nacional novo, desisti.

Sofremos influência dessa época, e graças a Deus que foi essa época, porque eu odeio o estilo emocore, que invadiu as rádios e os meios de comunicação. Tudo é ruim, não tem nada que presta. E a mídia abraçou como mais um forma de ganhar dinheiro, e não de divulgar um bom som de boas bandas.

A banda era formada por Daniel, Rato, André e Luís, e durou de 1999 até 2004 quando nos separamos. O Luís foi tocar com a Irmandade do Som, o Rato e eu formamos os Pródigos e o André sumiu hehe.

Ano passado retomamos a banda com o César no lugar do André e mês passado entrou mais um membro, o vocalista e guitarrista Vitché, amigo nosso que já vinha fazendo algumas participações desde que a banda voltou a ativa.

A formação está feita!!
A banda está completa!!
Muito barulho ainda iremos fazer por aí e quem sabe não cheguemos em algum lugar!?

Foto do show de sábado passado agora no Bar Salvador Dalí

DANIEL BEDOTTI SERRA

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

John Winston Lennon
Hoje fazendo 68 anos!!!
Parabéns!!!
Continua vivo entre todos!
Daniel

terça-feira, 7 de outubro de 2008


OS MORTOS NÃO CONTAM HISTÓRIAS

Eu a faço sofrer
Por na vida dela não mais existir
E nada posso fazer
Além de ver o amor dela pelos dias esvair

Eu a toco e ela nada sente
Apenas vejo solidão
Chora dias inteiros ininterruptamente
Por não me ter na sua vida presente

Nossas juras de amor eterno se romperam
Naquela noite tão planejada
Nem pude dela me despedir
A deixei ali esperando, plantada

E eu a quero
Mas não posso
Agora somos diferentes
Não temos mais um mundo nosso

Amigos superiores vem até mim todos os dias
Tentando explicar que não é o fim
Mas que devo entender que ao lado dela não posso ficar
Pois para minha evolução seria ruim

É difícil isso eu aceitar
Quando não se quer largar
Quando não se quer deixar aquele vício gostoso de amar
O hábito de estar

Mas mesmo eu persistindo sei que um dia será pior
Um outro alguém tomará o meu lugar
Eis que a vida segue adiante
E não para trás

Se aqui eu continuar serei obrigado a ver alguém lhe tocar
Serei obrigado a ver alguém seu cheiro sugar
E nada poderei fazer
A não ser chorar

É sobre isso que tentam me alertar
Ensinando-me que do mesmo jeito que a vida dela seguirá
A minha também se acertará

Só que às vezes não aprendemos pelo bem
O sofrimento é necessário pra podermos acordar
De um sonho hipnótico
E poder novamente caminhar

Mas não acho justo
Como alguém pode a vida de alguém tirar?
Como aconteceu comigo
Porque eu teria que isso aceitar?

Eu tinha planos para o futuro
Uma linda mulher todos os dias a me esperar
Com a janta na mesa, um sorriso no rosto
E um lindo lar

Eu tinha um carro que com a ajuda dela comprei
Eu tinha um bom emprego e seu suporte para suportar meu dia difícil
Eu tinha a intenção de com ela ter um bebê
Ah, minha doce esposa. Que amor lindo!

É ao lado dela que quero ficar
Mesmo que para isso eu tenha que estagnar
Pode vir Jesus e pedir pra eu entender
Minha querida esposa, não vou te abandonar


DANIEL BEDOTTI SERRA
06/10/2008

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

quinta-feira, 2 de outubro de 2008


O MONGE FALASTRÃO

De tempos em tempos surge um ser especial que é enviado à Terra para deixar uma mensagem de esperança e de paz. O mundo sempre precisou disso, é ilusão pensar que hoje o mundo é pior do que em outros tempos. A caridade nasceu a partir de Deus, não é invenção do homem, e como somos sua semelhança, temos como obrigação ajudar ao próximo e aliviar a dor daqueles que a sofrem quase que diariamente.

Assim como Deus assistiu a tudo, existe um monge que acha que assistiu a tudo também, mesmo que a maior parte desse tempo ele tenha meditado. Podemos fazer um cálculo simples para entender que o ser humano passa um terço de sua vida dormindo e se somarmos isso ao fato de que um monge pode passar até quatro horas meditando ao dia, ele não viu quase nada. É um verdadeiro falastrão.

Em seus relatos escritos o mesmo descreve a sensação de ver os leprosos sendo abandonados dentro das Igrejas em tempos passados para que morressem ao lado de Deus. Era um costume daquela época fazer isso com as pessoas que infelizmente morriam com essa doença.

Afirmou que Jesus nunca foi traído por Judas, mas sim, cometeu suicídio ao se entregar para ser crucificado já que era a sua missão aqui na Terra morrer para alertar toda humanidade. Sendo assim, ele questiona como a Igreja pode condenar os suicidas se Jesus foi um deles. Jesus suicída?! Será?! Igreja?! O que ela prega de bom?!

A humanidade para ele nunca representou nada além de um estado de espírito em constante conflito onde o ser humano alterna momentos de lucidez de uma vida real que é pouco vivida, com a alienação dos momentos onde nada se vê e nada se entende. Para ele o ser humano vive 99% do tempo fora do seu estado de espírito normal. Como se fosse um fantoche que é controlado por duas forças, a do bem e a do mal, e no seu entendimento a do mal sempre prevalece sobre a força do bem, e ainda explica sua tese no sentido de que se isso não fosse verdade o mundo não veria todos os dias tantas catástrofes e coisas ruins acontecendo por aqui.

Monge Wang


Daniel Bedotti Serra
07/05/2008